quinta-feira, 14 de junho de 2012

Expansão das animações digitais atraem público para os cinemas



A partir da evolução das técnicas utilizadas nos filmes de cinema devido à expansão das tecnologias digitais, as animações também sofreram um desenvolvimento gradual no seu processo de criação artística. Inicialmente, as animações eram elaboradas individualmente em cada fotograma, ou seja, cada uma das imagens eram gravadas por meio de reações químicas no celulóide do cinematógrafo. Isso é realizado por meio de desenhos ou ainda por meio de computação gráfica.

Para abrir as portas da animação digital criadas completamente em um computador, o estúdio Pixar, em 1995, estreiou “Toy Story”, do diretor John Lasseter. O filme foi considerado o primeiro longa-metragem de animação realizado com imagens digitais na história do cinema, mostrando a alta tecnologia investida no longa, ganhando assim, grande admiração por parte do público.


Após os estúdios começarem a produzir os filmes e as animações em softwares especializados, a indústria cinematográfica investiu na expansão das tecnologias em 3D. Essa tendência também foi explorada nas animações digitais. De acordo com César Dacol Júnior, designer de personagens, a técnica em 3D oferece um realismo muito maior. “O 3D é você ver duas imagens de pontos de vista separados. A câmera só tem um olho. Olhando pelo olho diferente você tem dois pontos de vista, mas a gente não pode transmitir duas imagens ao mesmo tempo. Então o projetor e os óculos estão em um processo em que só deixam você ver uma imagem por olho, mas como é tão rápido, parece 3D”, explica o designer.



 O designer brasileiro César Dacol Júnior é uma das referências mundiais em animações digitais. Criado em Toronto no Canadá, começou a vida trabalhando com maquiagem na indústria do cinema aos 13 anos de idade. Formou-se em Animação para Computadores e ficou dois anos e meio trabalhando só com videogame, em seguida voltou a trabalhar com filmes, produzindo personagens para o filme como Selvagem, 300, Quarteto Fantástico, entre outros. O designer realiza a parte de desenvolvimento e modelagem de personagens exclusivamente pelo computador, pois não há impedimento para a criação. “Se você construir um monstro na vida real você tem limites da parte mecânica, de peso e de motor. No computador não, pelo fato de existir inúmeras ferramentas para desenvolver as animações. Na realidade dos computadores não há nada te impedindo, nem te limitando”, finaliza Dacol.

sábado, 2 de junho de 2012

Grandes atores e atrizes da Nouvelle Vague


Por Gabriela Campos

Assim como a vanguarda Nouvelle Vague é uma referência até os dias de hoje e suas principais obras jamais deixarão de ser lembradas, muitos atores e atrizes também se tornaram símbolos do cinema francês dos anos 50 e 60.

Jeanne Moreau
Junto com Brigitte Bardot, Jeanne foi um dos símbolos sexuais do período. Participou de filmes de Jacques Becker e Louis Malle e também de Truffaut, como em “Jules et Jim”, no qual atuou ao lado de atores famosos como Oskar Werner e Henri Serre. É reconhecida pela crítica e pelo público por suas boas representações. Devido a suas qualidades, foi uma atriz da Nouvelle Vague que obteve grande projeção no cinema internacional.

Anna Karina
Esposa de Jean-Luc Godard, foi uma grande atriz dos anos 60. Nas produções de seu marido, atuou em filmes como Le Petit Soldat, Une Femme Est Une Femme, Vivre Sa Vie, Made in USA e Pierrot le Fou. Além disso, fez a freira contrariada de La Religiouse, de Jacques Rivette.  No pós-Nouvelle Vague, Karina continuou a ser uma das grandes atrizes do cinema europeu, colaborando com Fassbinder, Visconti ou Raul Ruiz.

Brigitte Bardot
Famosa até os tempos de hoje por seu rosto bonito e seu corpo escultural, muito explorado pelos cineastas da Nouvelle Vague, quebrando tabus sociais. Em Et Dieux Creá La Femme, de Roger Vadim, Brigitte aparece totalmente nua como Afrodite e torna-se, então, um ícone do cinema comercial, o qual explorava esse apelo carnal. Porém, também atuou para o cinema de autor com Godard e Louis Malle nos anos 60, em Le Mepris e Vie Privée. A Nouvelle Vague também passa a se utilizar mais de planos arrojados, erotismo e do sentimental carnal
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Atores famosos da Nouvelle Vague
Alain Delon
Sua carreira de sucesso começou quando Alain interpretou em Plein Soleil, em 1960. Desde então, passou a fazer cinema não só na França, mas em outros locais do mundo como na Itália, em Il Gattopardo, Rocco I Suoi Fratelli , e em Hollywood , na produção Scorpio. Na França, no final dos anos 60, participou de vários filmes principalmente atuando como policial em vários deles. Representou o movimento Nouvelle Vegue nos anos 90.

Jean-Pierre Leaud
Foi um dos grandes atores de destaque das produções de Nouvelle Vague. Começou a atuar com 15 anos de idade no filme Les Quatrecents Coups, de Truffaut. Trabalhou ainda em vários outros filmes de Truffaut, não apenas na série Antoine Doinel, mas também em  Deux Anglaise et Le Continent. Participou também de trabalhos com Godard, em Masculin, Feminan, Made in USARivetteOut One: Spectre.

Jean-Paul Belmondo

Assim como Brigitte Bardod é considerada uma das atrizes mais belas da Nouvelle Vague, Belmondo é considerado o rosto masculino de maior expressão dessa Vanguarda, pois nesse movimento o rosto e corpo das personagens eram fundamentais. Da mesma forma que Brigitte quebrou tabus com os filmes nos quais atuou, Belmondo realizou atuações carnais e vigorosas que trouxeram uma ruptura com o cinema francês de até então. Viveu os seus papeis mais inesquecíveis para Godard , em A Bout de Soufle, Une Femme Est Une Femme e Pierrot le Fou e também deixou a sua registrada no cinema comercial francês de então.